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Resiliência Humana e o nascer da borboleta
por André Ferreira

O termo resiliência vem sendo muito utilizado atualmente, e nem sempre damos atenção a seu real significado. No caso dessa palavra em especial, é preciso levar em consideração que por ser utilizada em vários campos do conhecimento, também possui significados diferentes para cada uma de suas aplicações nesses diferentes campos. 

 

Na Física, resiliência é a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.  

 

Na Psicologia, significa a capacidade do indivíduo em lidar com situações adversas, superar pressões, obstáculos e problemas. 

Para nossa exploração aqui, utilizaremos o significado utilizado pela Psicologia, e ainda iremos acrescentar alguns ingredientes, pois nossa missão é encontrar o caminho para nossa construção como Humanos Resilientes. 

 

A natureza pode nos dar boas pistas na busca por esse caminho, facilitando nossa compreensão sobre resiliência na vida, indo assim além das palavras. 

 

O exemplo na metamorfose que acontece no nascer de uma borboleta, pode servir para derrubar duas das maiores confusões que existem em torno do termo resiliência, quando aplicamos este termo nas dinâmicas humanas. Muitos acreditam que resiliência é o mesmo que força, e não é nada disso. Outros dizem que resiliência é um simples sinônimo para flexibilidade ou adaptabilidade. Mas, a Resiliência Humana, vai muito além. Vamos ao exemplo das borboletas então.  

 

A figura acima, mostra todas as fases que levam ao surgimento de uma Borboleta. Mas, aqui vamos no prender ao estágio que é mais peculiar nessa jornada magnifica que a natureza nos apresenta. Vamos focar no estágio em que a Lagarta entra em um casulo (Pupa) saindo de lá sendo uma borboleta. A Lagarta não se adapta para voar, simplesmente criando asas em seu corpo, e sim deixa de existir como Lagarta, e se transforma em outra espécie. Os Biólogos dizem que dentro da Pupa, a Lagarta se desmancha, se transforma em líquido, e esse líquido depois se transforma em Borboleta. Podemos dizer então, que é preciso a Lagarta morrer para a Borboleta existir. Não deve ser fácil para a Lagarta, não é mesmo? 

 

Pois bem, a Resiliência Humana pode ser comparada a essa Metamorfose. Imagine que você passa por um momento de grande perda em sua vida: na carreira, na família etc. Se você é resiliente, vai conseguir ressurgir como um ser ainda melhor após passar por essa perda. Ao perder parte do que o definia como pessoa, e descobrindo uma nova forma de “ser” e seguir em frente, você se reinventa, e assim como acontece com a Lagarta, você pode se transformar em um ser mais elevado, com novas habilidades, com mais conhecimento, podendo ver as coisas por outro ângulo. 

 

Mas como se tornar resiliente? 

 

Como já vimos no exemplo da Borboleta, o que a torna especial, possibilitando essa transformação, são as propriedades especiais que a Lagarta desenvolve em sua vida, e que tornam possível essa transformação. A Lagarta se alimenta corretamente, busca um local adequado para sua transformação, constrói seu casulo etc. 

 

Nós Humanos, para que possamos ser resilientes, precisamos criar e cuidar das condições que possibilitam nosso ressurgimento em um momento de crise ou perda. Essas condições podem ser de várias categorias: 

 

  • Qualidade nos relacionamentos  lembre-se dos momentos de dificuldade que você passou e superou, é quase certeza de que pode contar com alguma (s) pessoa (s) que lhe apoiaram na descoberta de novas possibilidades. Cultivar relacionamentos de qualidade é fundamental na construção de sua resiliência. 

 

  • Repertório Técnico – em um mundo em constante mudança, estar por dentro das novidades em seu setor de atuação já não é o bastante, é preciso ir além. Aprender técnicas e metodologias variadas, pode ser o diferencial que lhe trará mais segurança em um momento de reinvenção. 

 

  • Inteligência emocional – nada de querer controlar as emoções, isso prejudica a sua saúde, e dificulta ainda mais o caminho para a transformação. Saber se observar, e assim conquistar o autoconhecimento, sem ficar enroscado em pensamentos catastróficos ou memórias saudosistas, é a ponte para viver no presente, e é no presente que estão as possibilidades para se construir o futuro. A meditação é uma boa recomendação para essa conquista. 

 

  • Cuidar do corpo – estar em dia com sua saúde nos afasta de limitações que podem nos tornar pessoas procrastinadoras. A disciplina de uma prática esportiva, e toda as substâncias que seu corpo produz ao balançar o esqueleto, são verdadeiros propulsores para criar aquela força que nos empurra para frente nos momentos mais complicados. 

 

  • Não se esqueça do fator financeiro – lembra da história da cigarra e da formiga? Pois é. Não podemos deixar de ter uma reserva financeira para encaramos um “inverno” mais rigoroso. Especialistas no setor financeiro, recomendam que você poupe pelo menos 15% de sua renda mensal. Com as finanças em ordem temos mais tempo para decidir melhor sobre as escolhas de nosso futuro. 

 

Com certeza, existe uma grande variação na importância que você deposita a cada uma dessas condições que descrevemos. Mas, é fato que quando deixamos de cuidar de qualquer uma delas, estamos mais vulneráveis, e assim teremos mais dificuldade em superar seja lá o que vier pela frente.  

 

Que tal fazer um balanço de seu suprimento de resiliência? 

 

Assim você pode aproveitar a oportunidade para fazer um plano de ação visando fortalecer alguma condição que esteja em déficit, o que vai aumentar sua capacidade de resiliência. 

 

Mãos à obra!    

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André Ferreira

é Sócio Consultor na Green Desenvolvimento Integral, Master Reiki, Coach certificado pela International Coaching Community, Administrador ,especialista em Qualidade e Instrutor em Mindfulness.
https://www.greenintegral.com.br
andre.ferreira@greendh.com.br